Depois de Montevideu fomos em direção à famosa
Punta del Este. Já sabíamos dos preços pra lá de salgados da hospedagem e tínhamos a indicação de ficarmos próximos ao balneário, uma boa dica é Maldonado que fica há uns 8km de Punta. Mas estávamos mesmo era atrás de um camping. Entramos numa lan (aliás é o melhor guia turístico que se pode ter, especialmente os sites
www2.uol.com.br/oviajante e
http://www.mochileiros.com/). Encontramos um camping em Punta Ballena (
http://www.campinginternacionalpuntaballena.com/), numa serra à 2km da praia. Muito bom, com uma super-estrutura (piscina, parque infantil, restaurante, mini-mercado, sinuca, internet, jornaleiro, serviço de lavanderia, etc...) por R$36 nós três. Para se ter uma idéia, um apartamento tripo simples em Punta Ballena estava saindo a US$90, ou seja, uns R$160. Ficamos no camping duas noites.
Entrada do Camping em Punta Ballena.
Punta Ballena é um balneário bem interessante e badalado, com restaurantes que oferecem shows de rock montados em palcos à beira-mar ou quem preferir curtir um jazz pode ficar num mais reservado. Acontece a partir de hoje um show com o
Itiberê Zwarg Quinteto, do grupo do Hermeto Pacoal. Vale a pena ficar no restaurante
El Divino à beira da praia, o atendimento é ótimo e o local é agradabilíssimo.
Vista externa da nossa acomodação no camping.Praia de Punta Ballena.
Em Punta Ballenas não se deve, de forma alguma, deixar de visitar o ateliê do muralista, escultor, pintor, ceramista, arquiteto.... Carlos Paez Vilaró (http://www.carlospaezvilaro.com/), enfim um artista singular e que não pertence apenas ao Uruguai, mas ao mundo e que tem um carinho especial pela cultura brasileira o que muito nos emocionou.
Vídeo com a vista de Punta Ballena, onde fica a casa de Vilaró.
Demos um passeio por Punta del Este. É cinematográfico, com ruas organizadinhas rodeadas por palmeiras tipo Bevely Hills, marinas e carros importados, etc. Pra quem já tem uma idéia, é mais um canto onde se enfiam os milionários de cada país. Apesar de ser chique e sofisticado o lugar cheira a lavagem de dinheiro, corrupção e botox.
No dia 07-01 fomos para Colônia do Sacramento, ou Colonia del Sacramento (
http://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%B3nia_do_Sacramento). Uma cidade única. Lembra muito nossas cidades históricas como Parati e Tiradentes, com suas ruas "pé-de-moleque" e seu clima de cidade pequena. Colonia fica às margens do Rio da Prata, onde pegamos o "Buquebus" (
http://www.buquebus.com/) até Buenos Aires. São três horas de travessia numa barca que parece um cruzeiro. Tem ar-condicionado, freeshop, salão de jogos e o escambau. Dá pra transportar o carro, mas o preço é salgado. Pagamos uns R$250,00 para três pessoas e o carro, sendo que a Sofia paga com desconto. Tem ainda US$16 de taxa de embarque do carro. Mas é a melhor alternativa para ir do Uruguai até a Argentina.
Nascer do Sol no Rio da Prata fotografado do Buquebus.
Probleminhas...
Tenha atenção quando vier de carro de Montevidéu para Colonia. A rodovia Ruta 1 é vigiada por câmeras que medem a velocidade e logo na frente você é parado por policiais que já vêm com o bloquinho na mão. O que me parou disse que eu estava a uma velocidade de 122 km/h quando a velocidade permitida era de 90km/h naquele trecho e que inclusive tinha a foto do "delito". Eu sei que realmente estava. Andar a 100km naquelas estradas é um pouco difícil, são um convite pra "meter o pé". Ele disse que eu teria que pagar uma multa, eu disse que não tinha visto direito, apontei para uma placa logo à frente que mostrava 110km/h. Ele foi simpático (acho que porque estava com uma camisa alvinegra, rsss) e me liberou, mas ao longo da estrada vi vários carros sendo parados, então, alerta!
Na hora de embarcar no Buquebus temos que passar pelo setor de imigração. Viram que nosso passaporte não estava carimbado com o visto de entrada no Uruguai e aí encrencaram, ou seja, eles erram e você paga a conta. Tivemos que desembolsar R$150 de taxa para sermos liberados. Um funcionário da aduana uruguaia nos chamou numa sala no canto e recebeu o dinheiro para dar 3 carimbadas, uma parada meio estranha...mas nessas horas não adianta encrespar ou dificultam mais ainda sua vida. Então quando entrar em qualquer país sinalize para que registrem sua entrada. Aliás já sabíamos disso antes, mas na hora o que menos a gente quer é chamar a atenção pra evitar o aumento da burocracia, depois vem o custo.
Dentro do Uruguai tudo é ótimo, menos o café da manhã e pra entrar e sair. Mas valeu, o país como disse é divino.
Buenos Aires
Desembarcamos sem saber aonde em Buenos Aires (isso que é interessante em uma viagem assim...logo descobrimos que estávamos em Puerto Madero, claro, rsss.). Entramos em algumas ruas, pegamos uma avenida chamada Juan de Garay, depois a Av. La Plata e saímos no bairro Almagro, perto da estação de metrô Rio de Janeiro. Fomos pelo cheiro, rsss... o bairro é longe das áreas turísticas, mas foi bom pra conhecer...Lá entramos numa agência de turismo, depois numa lan house e saímos de lá com o nome do hostel
Portal del Sur (
http://www.portaldelsurba.com.ar/). Um charmoso casarão de 150 anos cheio de estilo com uma diária por pessoa de US$13.
A cidade de Buenos Aires revela uma arquitetura de cair os queixos. Imensa, cosmopolita, cultural e viva!
Depois de mais umas voltas nos arredores, descansamos e fomos ao tradicional bairro
La Boca em busca de uma indicação de restaurante do camarada Marcos Velho aí do Brasil. Encontramos um lugar surpreendente, o Restaurante
El Obrero (
www.guiaoleo.com.ar/detail.php?ID=410). Magnífico! É fora da badalação turística e até difícil de encontrar. Oferecem comida e atendimento de primeira e um preço pra viajante, não pra turista. Excelente dica.
Ah, claro, dei uma olhada en La Bombonera, futuro palco das glorias sulamericanas do meu FOGAO.